Que tipos de inteligência artificial existem? Conheça todas

Com a crescente popularidade da tecnologia de inteligência artificial, temos visto surgir diariamente novas ferramentas inteligentes que têm o potencial de nos ajudar em diversas áreas da vida cotidiana. Um exemplo do amplo leque de opções disponíveis está no artigo que já publicamos aqui no AppTuts, destacando 16 ferramentas fantásticas de inteligência artificial.

A ampla diversidade de ferramentas de inteligência artificial disponíveis atualmente é um reflexo do avanço e amadurecimento dessa tecnologia. Porém, essa variedade de aplicações só é possível porque existem vários tipos de inteligência artificial, cada um com suas características e aplicações específicas.

Portanto, neste artigo vamos apresentar uma visão geral dos tipos de inteligência artificial, quais são suas capacidades, como elas aprendem e suas principais aplicações para ajudar os humanos no dia a dia.

O que é inteligência artificial?

A inteligência artificial é um campo em constante evolução dentro das ciências da computação. A princípio, essa área está focada no desenvolvimento de algoritmos, sistemas e ferramentas capazes de executar tarefas que antes necessitavam da intervenção da inteligência humana.

Por conta da modelagem matemática de processos cognitivos, a inteligência artificial tem a capacidade de desenvolver soluções que podem ser aplicadas em diversos setores da vida humana, abrangendo, por exemplo, desde a indústria até o marketing e o entretenimento. 

Além disso, esses sistemas possuem a habilidade de aprender com informações coletadas em bancos de dados, o que permite que sejam treinados para entender questões complexas para a tomada de decisões precisas.

Desse modo, embora a inteligência artificial seja uma tecnologia disruptiva e tenha avançado significativamente nos últimos tempos, ela ainda não é capaz de substituir completamente a inteligência humana. Ainda assim, pode ser bastante útil na sua vida profissional. Um exemplo são esses 7 Sites de inteligência artificial para aumentar a produtividade.

Quais são os tipos de inteligência artificial?

Atualmente, existem três tipos principais de inteligência artificial que se destacam tanto na pesquisa quanto na aplicação prática: a Inteligência Artificial Limitada (ANI), a Inteligência Artificial Geral (AGI) e a Superinteligência Artificial (ASI).

Inteligência Artificial Limitada

Primeiramente, temos a Inteligência Artificial Limitada. Esse é o tipo mais comum de inteligência artificial, sendo capaz de realizar tarefas específicas com alto nível de precisão, eficiência e rapidez. Ela é utilizada, por exemplo, em ferramentas de reconhecimento de voz, como os smartphones e assistentes virtuais que interpretam as palavras faladas pelo usuário e executam as ações correspondentes.

Inteligência Artificial Geral

Essa é uma forma avançada de inteligência artificial, mais focada em desenvolver sistemas capazes de realizar tarefas em que seja necessário uma ampla gama de habilidades cognitivas. Além disso, esse tipo de IA tem a capacidade de aprender e compreender novos conceitos, além de realizar raciocínios lógicos e desenvolver soluções para problemas complexos.

Superinteligência Artificial

É um tipo ainda mais avançado de inteligência artificial capaz de até superar a capacidade cognitiva humana, com um nível de inteligência e habilidade que ultrapassa a média de qualquer indivíduo. Assim, esse tipo de inteligência artificial tem um potencial enorme de impactar a sociedade e a forma como as pessoas vivem, sobretudo, como trabalham e se relacionam.

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Que tipo de habilidades a inteligência artificial tem?

Os três tipos de inteligência artificial descritos anteriormente podem ser classificados de acordo com quatro capacidades ou habilidades distintas. Essas características estão diretamente relacionadas ao nível de desenvolvimento alcançado por cada tipo de IA, podendo ser observadas em maior ou menor grau em cada uma delas.

As quatro capacidades distintas são as máquinas reativas, a memória limitada, a teoria da mente e a autoconsciência. Vamos ver agora o que significa cada uma delas.

Máquinas reativas

Essa capacidade, geralmente, está presente em aplicações de robótica e automação industrial, onde é necessário que a máquina responda de forma rápida e precisa a uma série de instruções e programação de sensores. 

Por exemplo, um braço mecânico em uma linha de montagem pode ser programado para agir como uma máquina reativa, a fim de executar tarefas repetitivas de forma rápida e precisa, sem precisar armazenar informações ou planejar essas ações antecipadamente.

Memória limitada

Essa característica refere-se a sistemas de inteligência artificial que têm limitações em sua capacidade de armazenar dados a longo prazo. A capacidade de armazenamento de informações é uma característica essencial da memória humana. Porém, no caso de IAs, essa pode ser uma habilidade bem limitada.

Nesse sentido, os sistemas com memória limitada geralmente precisam recorrer a técnicas de aprendizado de máquina, que permitem que eles aprendam com os dados coletados e melhorem seu desempenho ao longo do tempo.

Teoria da mente

A teoria da mente é uma habilidade cognitiva complexa que permite aos seres humanos entender que outras pessoas têm suas próprias convicções e motivações. Portanto, muitas ações não são baseadas em lógica, mas em crenças, sentimentos e desejos pessoais.

Na inteligência artificial, a teoria da mente é um campo de pesquisa que procura entender como os sistemas podem desenvolver essa capacidade de compreensão mais complexa das coisas para, por exemplo, interagir de forma mais natural com seres humanos.

Autoconsciência

Finalmente, temos a Autoconsciência. Essa é a capacidade que um sistema de inteligência artificial tem de perceber e compreender a si mesmo, além do ambiente ao seu redor. Essa habilidade permite que o sistema use informações sobre si mesmo para tomar decisões e melhorar seu desempenho de forma autônoma.

Na prática, isso significa que um sistema autoconsciente pode identificar seus próprios pontos fortes e fracos para aprender com seus próprios erros. Essa abordagem também é conhecida como “aprendizado por reforço” e é uma das capacidades mais avançadas da inteligência artificial.

Porém, vale destacar que essa ainda é uma capacidade em desenvolvimento e há muitos desafios a serem superados para torná-la uma realidade nas inteligências artificiais. Além disso, há questões éticas que precisam ser levadas em conta, como a possibilidade de que esses sistemas autoconscientes tomem decisões imprevisíveis ou perigosas para a humanidade.

As IA podem ainda não ter autoconsciência, no entanto conseguem nos ajudar até com ferramentas de agendamento inteligente, que faz recomendações para datas de vencimento em tarefas atrasadas.

Como a inteligência artificial aprende?

Uma inteligência artificial aprende por meio de algoritmos de aprendizagem de máquina, que são códigos capazes de reconhecer os padrões que existem em um conjunto de dados e fazer previsões com base nesses padrões identificados.

A princípio, existem cinco formas principais de aprendizagem de máquina, que são a aprendizagem supervisionada, a não supervisionada, a aprendizagem por redes neurais, o processamento de linguagem natural e a aprendizagem por algoritmos genéticos. Veja abaixo um pouco sobre cada uma delas.

Aprendizagem Supervisionada

Esse é um dos principais tipos de aprendizagem de máquina. Nele o algoritmo é alimentado com um conjunto de dados previamente rotulados. Cada entrada no conjunto de dados é acompanhada por uma resposta correta (um rótulo) que indica qual deve ser a saída esperada do algoritmo para essa entrada. 

Quando uma inteligência artificial é treinada por essa metodologia, ela começa a aprender a prever corretamente as respostas para novos dados de entrada que ainda não foram rotulados, mas que podem ser associados a outros dados já rotulados.

Aprendizagem Não-Supervisionada

Neste outro tipo o algoritmo é alimentado com um conjunto de dados não rotulados e deve encontrar padrões e estruturas nesses dados por conta própria. Como não há os tais “rótulos” para se basear, a inteligência artificial terá que descobrir estruturas nos dados que possam ser úteis para análises posteriores.

Aprendizagem por Redes Neurais

Nesse tipo de abordagem para o aprendizado de máquina, o cérebro humano é a maior inspiração. Assim, um conjunto interconectado de unidades de processamento chamadas de “neurônios artificiais”, são organizados em camadas, sendo capazes de aprender a partir de dados.

Nesse processo um conjunto de dados é apresentado à rede, que ajusta as conexões entre os neurônios para minimizar a diferença entre as saídas esperadas. Esse processo é repetido várias vezes até que a rede seja capaz de fazer previsões precisas em dados nunca antes vistos.

Aprendizagem por Processamento de Linguagem Natural

Nesse tipo de aprendizagem os sistemas são treinados para que entendam, interpretem e gerem linguagem natural humana, detectando padrões e relações entre as palavras e frases. Atualmente, ela é usada em uma variedade de aplicações, como tradução automática, chatbots, assistentes pessoais, entre outras aplicações.

Aprendizagem por Algoritmos Genéticos

Por fim, temos a Aprendizagem por Algoritmos Genéticos. Essa abordagem se baseia em princípios evolutivos e se inspira nos processos de seleção natural e reprodução presentes na evolução biológica. O objetivo é encontrar soluções para problemas complexos.

Os Algoritmos Genéticos criam uma grande quantidade de soluções para um determinado problema, representadas por um conjunto de valores numéricos ou outros tipos de dados. Em seguida, o algoritmo avalia a aptidão de cada uma dessas soluções em resolver o problema em questão.

Quais as principais aplicações da inteligência artificial?

Atualmente, a inteligência artificial vem sendo adotada por muitas empresas e está presente em diversas ferramentas do nosso cotidiano. Suas aplicações são vastas e diversificadas, tendo impacto em diferentes áreas da vida humana. 

Desde assistentes virtuais até sistemas de diagnóstico médico, a IA está mudando a forma como interagimos com a tecnologia, com o nosso trabalho e com o mundo ao nosso redor. Além disso, é importante destacar que existem diversos tipos de inteligência artificial. Por isso, é interessante conhecer também algumas das principais áreas onde a IA pode ser aplicada.

Principais aplicações:

• Robótica: nesse campo, a IA é usada para desenvolver sistemas autônomos que funcionam sem a necessidade de interferência humana, o que é especialmente positivo no caso de trabalhos em ambientes perigosos ou insalubres.
• Medicina: a inteligência artificial é uma tecnologia promissora para a análise de diagnósticos e também no desenvolvimento de novos medicamentos. Além disso, ela pode auxiliar durante cirurgias remotas feitas por robôs.
• Agricultura: a IA já tem sido empregada a algum tempo no campo, especialmente no controle de equipamentos agrários, aumentando a eficiência da produção de alimentos. Ela também fornece informações precisas sobre o plantio de uma propriedade rural.
• Educação: a personalização da aprendizagem, a criação de novos livros educacionais e criação de videoaulas sem a intervenção humana, são algumas das aplicações da inteligência artificial no campo da educação.
• Finanças: com a IA é possível prever tendências, analisar o humor do mercado e gerenciar riscos. Além disso, ela pode ser usada por instituições financeiras para detectar inconsistências contábeis e fraudes.
• Energia: a tecnologia pode ser usada para o gerenciamento de sistemas, otimização do consumo de energia, prever a demanda e criar redes de energia.
• Marketing: a inteligência artificial já é empregada em uma infinidade de ferramentas que otimizam o trabalho nesse segmento, com a produção de textos, imagens e até de campanhas publicitárias completas.
• Recursos humanos: nessa área a inteligência artificial é usada para automatizar tarefas de recrutamento e triagem de currículos. Com ela, o processo de análise de uma contratação é mais rápido e eficiente.
• Governo: A IA pode ser usada para gerenciar grandes quantidades de dados de um país inteiro. Com ela é possível prever tendências e eventos futuros, como desastres naturais, guerras e epidemias.

Quais são as inteligências artificiais mais conhecidas?

Antes do surgimento do ChatGPT, o chatbot desenvolvido pela empresa OpenAI, as inteligências artificiais mais presentes em nosso cotidiano eram as dos assistentes virtuais. Os mais conhecidos nessa categoria são a Alexa, Siri e Google Assistant. Anteriormente, já falamos aqui no Apptuts sobre o ChatGPT, ensinando o que ele é, para que serve e como usá-lo. Também apresentamos As 10 melhores alternativas ao ChatGPT.

Esses assistentes virtuais tornaram-se parte integrante da nossa rotina, permitindo que as pessoas realizem tarefas simples, como fazer uma ligação, definir um alarme, enviar uma mensagem de texto ou pesquisar na internet, apenas com um comando de voz.

No entanto, a popularização da inteligência artificial abriu espaço para novas ferramentas e aplicações que se destacaram no mercado e se tornaram rapidamente conhecidas. Entre elas, podemos citar os chatbots de atendimento, que utilizam a IA para oferecer suporte e resolver os problemas dos usuários de um determinado serviço.

Nesse sentido, uma plataforma bastante popular é o Dall-E, também desenvolvido pela OpenAI. Ela é capaz de capaz de gerar imagens digitais a partir de descrições textuais. O Dall-E cria imagens altamente realistas e detalhadas, o que o torna uma ferramenta promissora para designers e profissionais de marketing.

De igual modo, outra plataforma de inteligência artificial é o SurferSEO, que utiliza a tecnologia para análise de SEO. Ele ajuda a identificar palavras-chave mais relevantes para o conteúdo e a otimizar o texto para melhores resultados nos mecanismos de busca. É uma ferramenta bastante útil para proprietários de sites, blogueiros e profissionais de marketing digital.

Conclusão

Por fim, a inteligência artificial é uma tecnologia ampla e diversificada, com diversos tipos e aplicações, como vimos anteriormente. Cada tipo possui suas próprias características e funcionalidades, que são utilizadas em áreas variadas, como medicina, agricultura, transporte, segurança, entre outras.

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