6 Mudanças que os usuários do Windows precisam aceitar ao mudar para Linux
Interessado em alterar seu sistema operacional Windows para Linux? Se você está considerando esta troca, fique atento às 6 mudanças que os usuários precisam aceitar ao mudar do Windows para o Linux.
Antes de tudo, é necessário compreender que o Linux é considerado um kernel. Um kernel é um núcleo, na tradução literal da palavra, ou seja, um sistema operacional que inicia e gerencia outros programas.
O Linux opera através de uma licença pública geral (GNU) e essa licença permite que qualquer pessoa possa executar, estudar, modificar e redistribuir o código-fonte.
Isso significa que além de ser um sistema gratuito, ele também representa a liberdade de um espaço colaborativo. Desde a sua criação até os dias atuais muitos programadores têm contribuído com o desenvolvimento, ajudando a fazer do Linux o núcleo de enorme sucesso colaborativo que é hoje.
E, agora que a Microsoft parou de oferecer o suporte às versões mais antigas do Windows, muitas empresas têm buscado alternativas e descoberto o Linux.
O Linux tem ampliado seu acesso, atualmente, nos maiores data centers do mundo, bem como em centenas de milhares de desktops individuais.
Para que você possa ter uma ideia, a NASA e outros departamentos estratégicos para a segurança do governo americano são adeptos entusiasmados do Linux.
Aqui no Brasil também é comum que o sistema operacional seja adotado em repartições públicas e instituições de ensino, graças à sua flexibilidade e ao custo-benefício.
Em suma, se você considera trocar um pelo outro, pode ser uma boa ideia compreender os ajustes que você precisará aceitar ao mudar de Windows para Linux.
1. Linha de comando
Se você é um usuário Windows, raramente deve ter tido a necessidade de utilizar o prompt de comando para alguma ação.
Instalar um software, adicionar novos dispositivos ou mesmo configurar o sistema operacional de forma quase intuitiva são atividades realizadas com a simplicidade de cliques em botões.
Em contrapartida, na utilização da maioria das distribuições Linux, você precisará aprender a interface de linha de comando, ou CLI.
A sigla, do inglês “command-line interface” (CLI), geralmente representa um programa funcionando através de linhas de comando.
Esses programas, como os antigos MS-DOS e Apple DOS, aceitam entrada de texto para executar funções do sistema operacional.
Porém, aprender a CLI pode ser mais fácil do que você imagina.
Você pode fazer quase tudo usando uma GUI (Graphical User Interface) e não precisa digitar nenhum comando.
Ainda assim, poderá encontrar muitas documentações/recursos de ajuda on-line para seguir sem depender de ninguém. Inclusive temos um artigo que te ajudará com os 20 comandos mais úteis para usar no terminal Linux.
Outra funcionalidade super interessante do Linux é a possibilidade de instalar uma variedade de aplicativos de maneira prática.
Ao invés de ir até a loja da Microsoft para comprar o app desejado, com o Linux você apenas pesquisa pelo aplicativo, encontra o nome da instalação e executa um comando para instalar o software gratuitamente.
2. Configurando periféricos
Uma outra grande mudança que os usuários precisam aceitar ao mudar de Windows para Linux diz respeito às instalações de periféricos, como impressoras, por exemplo.
Enquanto no Windows você geralmente recebe a ajuda de um assistente na sua tela direcionando seus passos, com o Linux a configuração pode ser um pouco mais trabalhosa.
Tudo isso porque, muitas vezes, no momento de configurar drivers, a abordagem do Linux entra em um modo manual. Neste modo, você precisará executar os comandos CLI para configurar os itens e solucionar problemas.
No entanto, se no Windows fica quase impossível resolver algum problema com a instalação de um driver, essa claramente é uma vantagem no Linux.
Ficar tentando descobrir, no Windows, qual o erro do dispositivo, lendo as longas e complicadas informações da resolução de problemas pode ser desmotivante e não trazer resultados.
Com o Linux, a solução de problemas é mais fácil, pois vários programas permitem que você se conecte facilmente com o dispositivo e os configure manualmente.
3. Configurando componentes internos
Instalar um novo hardware no Linux segue a mesma premissa elucidada acima.
Se uma placa gráfica ou de rede, por exemplo, der um problema no seu Windows, a solução pode se tornar um tormento.
Para um usuário comum, encontrar o erro e descobrir como corrigi-lo pode ser quase impossível.
Com o Linux e contando com as atualizações e colaborações, muitos pacotes já vem com informações e suporte.
E, se algo der errado, com o Linux você terá maiores possibilidades de uma rápida resolução. Com comandos fáceis de aprender, você mesmo poderá corrigir os problemas dos seus dispositivos, sem perder tempo clicando em diversas configurações no Windows.
Quer saber quais comandos utilizar? Confira a lista com os 40 melhores atalhos para o Linux.
4. Aplicativos gratuitos ou mais baratos
Talvez agora você já esteja considerando mudar de Windows para Linux, mas pode estar se questionando a respeito dos aplicativos de uso mais comum.
Por mais que o Linux esteja crescendo e se tornando popular, ainda vivemos em um mundo Windows.
E o que isso quer dizer?
Significa que grande parte das empresas ainda mantém o foco na criação dos seus softwares para funcionarem no sistema da Microsoft.
Entretanto, isso não constitui uma coisa ruim. Com o Linux você quase sempre vai encontrar aplicativos gratuitos, e às vezes tão bons quanto, que correspondam às suas necessidades.
É o caso do LibreOffice, um aplicativo similar ao pacote Office.
Ainda assim, há uma ferramenta maravilhosa no Linux, chamada Wine que poderá fazer muitos aplicativos Windows rodarem no seu Linux.
Resumindo, se você estiver decidido a realizar essa troca, facilmente encontrará opções de aplicativos e ferramentas com código aberto que poderão te surpreender.
5. Opções de Jogos
O grande receio de muitos jogadores de jogos online no momento de optar pela mudança se dá pela falsa ideia de que não encontrariam muitos jogos populares no Linux.
Essa afirmação, atualmente, é completamente injustificável e vamos te mostrar abaixo.
Um dos maiores softwares de jogos, o Steam, tem a sua versão Steam no Linux, ou seja qualquer jogo que você baixaria no seu Windows agora poderá ser jogado no seu Linux.
Outra forma de acessar jogos é o PlayOnLinux, uma solução gratuita, acessível e eficiente que te permite instalar e usar facilmente vários jogos e aplicativos projetados para serem executados com o Windows.
Contudo, se você ainda não se convenceu e precisa de uma ajuda para sua decisão final?
Saiba que com o Linux seu computador utiliza menos recursos, deixando disponível muito mais espaço e permitindo uma experiência de jogo mais veloz!
6. Personalizando a Área de Trabalho
Customizar e deixar tudo com o nosso jeito é uma tarefa simples no Windows, correto? Porém muitos usuários acham essa atividade um tanto complexa no Linux.
Há muitas coisas que você pode personalizar no Linux e que você não pode realizar no Windows.
Desde um pacote de ícones até a janela do aplicativo, você pode alterar a aparência de uma distribuição Linux em minutos.
Grande parte das distribuições contém GUIs de fácil compreensão para te auxiliar na personalização. Alguns comandos CLIs, inclusive, podem te ajudar a ir além de configurações básicas, alterando ícones, fontes e muito mais.
E, caso prefira se sentir confortável e permanecer com uma interface similar à do Windows no Linux, você tem muitas distribuições semelhantes que você pode instalar.
7. Como instalar e migrar?
Por ser uma licença gratuita, você pode fazer o download tranquilamente, basta gravar a imagem do sistema operacional Linux em um pendrive bootável e inicializar o computador por USB, dando início ao processo de instalação.
Preparamos pra você um passo a passo de como instalar o Linux com DVD ou pendrive.
Decidiu mudar de Windows para Linux?
Em resumo, existem muitas vantagens e uma crescente variedade de distribuições Linux com GUIs disponíveis para facilitar a transição.
E se você optar pela mudança, volte para nos contar nos comentários o que você achou.